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Aconselhamento e Testagem em Saúde na Comunidade
O programa de Aconselhamento e Testagem em Saúde na Comunidade (ATSC) está a ser implementado desde 2008 pela Jhpiego com fundos do Governo Americano através do CDC. Este programa tem como objectivo apoiar ao Ministério de Saúde a aumentar o acesso a informação básica de saúde e a oportunidade de ser testado para o HIV especialmente as famílias que vivem em zonas dispersas. Para atingir este objectivo, a Jhpiego está a fortalecer as capacidades de ONGs nacionais que contratam conselheiros leigos para implementar o ATSC casa por casa. No fim de sistematizar o trabalho de campo, desde Junho de 2010, em conjunto com as ONGs, cinco estratégias foram definidas e vários instrumentos estão a ser utilizados e melhorados. Na AIPDC o programa de ATSC está em curso desde Junho de 2010, esta sendo implementado em quatro (4) distritos da província de Inhambane, nomeadamente: Jangamo, Morrumbene, Vilankulo e Govuro. Tem como objectivo principal aumentar o acesso ao programa de aconselhamento e testagem em saude junto as comunidade onde não só se faz testagem mais uma abordagem sobre orientação em Saúde.
O primeiro ano do projecto teve 22.639 utentes aconselhados e testados, dos quais 545 são positivos e 307 em seguimento, esta informação é referente aos distritos de Morrumbene e Jangamo na provincia de Inhambane no Sul de Moçambique.
Esses números são alcançados na base das cinco estratégias que são:
- Expansão da Cobertura do ATSC;
- Expansão da Cobertura de Casais;
- Garantia da Qualidade do ATSC;
- Trabalho Por Resultados;
- Eficiência nas Prestações
1. Extensão de cobertura de ATSC. A ideia é atingir o mais aproximado possível a 100% da população onde está a ser desenvolvida o ATSC. Para isso, dentro do distrito, os conselheiros trabalham em áreas mais pequenas divididas por sectores para cada conselheiro onde este usa o mapeamento (i1) como ferramenta básica para localizar a suas casas e avaliar o nível de avanço do ATSC no seu sector. Quando o conselheiro realiza o AT dentro da casa utiliza o registo diário (i2) que depois de ser preenchido e assinado pelo supervisor é entregue ao digitador de base de dados que faz o consolidado mensal (i3) e envia na unidade sanitária onde se regista a informação do AT a nível da comunidade agregado ao total de AT realizado dentro da unidade sanitária (i4).
2. Extensão de cobertura de casais. No fim de quebrar a tendência da epidemia, tem sido definido reforçar o esforço de aconselhar e testar a casais por acima do 15%. Para isso os conselheiros usam as mesmas ferramentas descritas acima.
3. Garantia da qualidade do AT. Esta é uma das mais importantes prioridades do programa. Para isso têm sido definidas 3 ferramentas: a) supervisão de pares: um conselheiro faz o AT numa família e outro vai fazendo o check list do desempenho desse conselheiro usando o instrumento de medição interna (i5), depois eles trocam os papéis e no final discutem os aspectos que cada um tem que melhorar. Esta medição deve ser feita cada três meses e fica como responsabilidade da ONG, cada conselheiro deve atingir no mínimo 80% dos critérios. Uma vez por ano é feita a medição externa usando o (i6) pela equipe técnica da Jhpiego e cada conselheiro deve atingir o 100% dos padrões. b) Auditoria Técnica: para verificar que a informação do registo diário coincide com a informação da base electrónica de dados, com a informação contida no mapa e com a informação que a família da no momento dá verificação (i7). Esta auditoria tem que ser feita mensalmente pela equipe da ONG. Além disso a ONG usa o (i8) para verificar a qualidade dos dados a ser enviados a Jhpiego. c)Painéis de controlo da qualidade do ATSC que são feitos periodicamente directamente pelo laboratório central do MISAU.
4. Trabalho por resultados. Depois do AT na família, se algumas pessoas são encontradas como HIV positivas ou suspeitas de tuberculose e é muito importante ajudar a essas pessoas a ser acolhidas pela unidade sanitária para tomar os cuidados de saúde necessários oportunamente. Para isso, cada conselheiro faz o seguimento as pessoas com estes problemas dentro de seu sector usando o (i9).
5. Eficiência na prestação do ATSC. Para optimizar o uso dos recursos cada mês é avaliada a produção alcançada pela ONG tendo em conta o número de conselheiros e dias trabalhados, comparando o potencial de AT que poderia ser feito e o número real atingido.